quarta-feira, 5 de setembro de 2012

XONDARO: A DILIGÊNCIA DO GUERREIRO




          Nisto o xondaro, o guerreiro deve empenhar toda a diligência: que em todo lugar, ação ou ocupação exterior, esteja interiormente livre e senhor de si mesmo, dominando todas as coisas, a nenhuma sujeito.
          Cumpre que o guerreiro seja livre, que chegue à condição de liberdade dos filhos e filhas de Ñanderu Papa Tenonde e de Ñandexy Ete. Esses não se deixam atrair e prender pelas coisas temporais, mas servem-se delas conforme o fim para que foram ordenadas por Ñamandu, que nada deixa sem ordem.
          Para cumprir a ordem de Ñamandu, em qualquer acontecimento, o guerreiro entra no Opy, a casa de reza, consulta o Tata Porã, o fogo sagrado, fuma o petym, toma o ka’ayu, ouve a divina resposta e é instruído a respeito de muitas coisas presentes e futuras. Dessa mesma maneira, o guerreiro  se refugia no mais recôndito do seu coração, para, com mais instância, acender em si, o fogo do divino auxilio.
          Recordando que Ñamandu é: o escudo, a seta, a liberdade. E, que sem essa arma, o guerreiro é, apenas, pó.